FEBRE AFTOSA E GRIPE AVIÁRIA

Febre aftosa e gripe aviária
Estou assistindo o programa do Jô que entrevistou o ministro da Agricultura e agora entrevista o ministro da Saúde. Os assuntos são a febre aftosa e a gripe aviária.
No caso da primeira virose é impressionante o estrago econômico para o país, na segunda, o problema é de saúde pública.
Sou formado em zootecnia onde obtive lições que nunca esqueci (aulas boas são inesquecíveis, e ciência é ciência). Zootecnia é produção animal (veterinária é medicina animal) com os seguintes objetivos: produzir o máximo, no menor tempo possível, sempre visando o lucro, numa combinação biológica e econômica.
O zootecnista se preocupa com a síntese protéica (produção de carne) e outros produtos que daí derivam. Sendo um processo de otimização, por definição, a zootecnia tem na profilaxia um valioso instrumento. E foi isto que faltou no caso da aftosa.
Prevenir é muito melhor (e mais econômico) do que remediar, mas este ditado popular foi desprezado pelo governo, leia-se: ministério da Fazenda, que prefere pagar os banqueiros rigorosamente em dia, mesmo que para isto falte dinheiro para a agropecuária. Até parece que não somos o quinto país em extensão do mundo, e, por isso, temos na terra um dos mais importantes fatores de produção.
O ministério da Agricultura não é incompetente, mas esta situação mostra que o Brasil - um país que tem no agronegócio uma de suas maiores fontes de geração de divisas, como também o atendimento do mercado interno a preços compatíveis com os baixos salários pagos -, apresenta um (des)governo com séria descoordenação entre ministérios.
Editado por Hélio Schuch
www.hschuch.blogspot.com