GRIPE AVIÁRIA NÃO ATINGE O PAÍS MAS AFETA ECONOMIA
Gripe aviária não atinge o país mas afeta economia
A influencia aviária não atingiu o Brasil – e, talvez, nunca chegará ao país – mas seus efeitos econômicos já estão impactando negativamente Santa Catarina. A avaliação foi feita ontem pelo presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Ronaldo Muller, e pelo presidente do Comitê de Sanidade Avícola, Sadi Marcolin, durante encontro da Federação Catarinense de Municípios realizado no parque da Festa Estadual do Milho, em Xanxerê.
Marcolin (técnico da Coopercentral Aurora) e Muller (diretor da Sadia) destacaram que a cadeia avícola emprega quatro milhões de pessoas no Brasil, produz 2,7 milhões de toneladas e movimenta US$ 20 bilhões de dólares por ano, dos quais, US$ 4 bilhões de dólares são obtidos em exportações. Em Santa Catarina, onde a produção atinge 900 mil toneladas/ano, a atividade envolve 500 mil pessoas, incluindo 50.000 empregos diretos e 9.000 famílias rurais. Muller, cuja entidade reúne as indústrias avícolas do Estado, disse que a ocorrência da doença em vários continentes e a desinformação a respeito do assunto provocaram queda do consumo de carne de frango na Europa e em outros continentes. Em conseqüência as exportações brasileiras despencaram 40%, caindo de 240.000 toneladas para 160.000 toneladas/mês.
Santa Catarina que, no passado, era o maior produtor nacional e respondia por 70% das exportações brasileiras de carne de frango, agora é responsável por 30% das vendas externas do país e por 17,6% da produção nacional. Essa mudança do quadro deve-se ao extraordinário crescimento da cadeia produtiva do frango na outras unidades da federação, em especial, do Paraná.
O presidente da Acav enfatizou que as agroindústrias estão tentando minimizar os efeitos sociais da queda de exportações. Atualmente, cerca de 300 trabalhadores foram demitidos e outros 1.000 empregados de agroindústrias catarinenses entraram em férias coletivas. O presidente do Comitê de Sanidade Avícola, Sadi Marcolin, alinhou uma série de razões para sustentar que a gripe aviária não chegará ao Brasil.
A agroindústria avícola brasileira é a mais avançada do mundo e toda a cadeia produtiva – há mais de 20 anos – obedece a rigorosos padrões de biossegurança. As aves de corte são criadas em cativeiro, sem contato com outros animais. O acesso às granjas e todas as instalações avícolas é extremamente controlado.
O sistema de vigilância sanitária está bem desenvolvido. Além disso, o país não é alcançado pelas principais rotas de aves migratórias. ICASA Ronaldo Muller e Sadi Marcolin destacaram que as agroindústrias catarinenses criaram o Instituto Catarinense de Saúde Animal (ICASA) e, através dele, doaram 119 veículos e contrataram 119 médicos veterinários para reforçar as barreiras sanitárias em Santa Catarina. Agora, indústrias e produtores querem que o governo invista na adequação do laboratório Cedisa para realização de análises avançadas. Ao final do encontro, os prefeitos aprovaram moção para que a Federação Catarinense de Municípios envie expediente ao governo federal, pedindo rapidez na implantação do programa de regionalização da avicultura brasileira, previsto na Portaria 48, do Ministério da Agricultura.
O programa foi proposto pela cadeia produtiva e prevê que Estado ou grupos de Estados constituirão circuitos pecuários (regiões) com controles próprios, autônomos e interdependentes. A lentidão do governo na implantação do programa de regionalização foi severamente criticada pelos administradores municipais e pelos dirigentes industriais.
Fontes: MB Comunicação
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